Polícia

216 mortes violentas foram registradas no Amapá neste ano





 

Em agosto, o Amapá registrou 28 crimes fatais, sendo 24 homicídios dolosos e 4 lesões corporais seguidas de morte. Em setembro, não houve latrocínios. Neste ano, o mês mais violento foi janeiro, com 31 assassinatos.

Redação

De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Amapá, 216 mortes violentas foram registradas entre janeiro e agosto de 2018. A maioria dos crimes são homicídios, que já somam 181 vítimas. No Brasil, já são mais de 34 mil mortos.

Em agosto, o Amapá registrou 28 crimes fatais, sendo 24 homicídios dolosos e 4 lesões corporais seguidas de morte. Em setembro, não houve latrocínios. Neste ano, o mês mais violento foi janeiro, com 31 assassinatos.

Um dos casos de violência que já marcou o ano de 2018 no estado foi o assassinato da cabo da Polícia Militar (PM), Emily Karine de Miranda Monteiro, de 29 anos. O crime, cometido pelo ex-namorado dela, o soldado também da PM Kássio Mangas, ocorreu no dia 12 de agosto, Dia dos Pais, dentro da própria casa, em Macapá.

Imagens de câmeras do sistema de monitoramento da casa mostram o soldado fugindo com uma arma e no carro da vítima. O veículo foi encontrado no outro dia no Terminal Rodoviário de Macapá. O inquérito sobre o caso foi concluído 11 dias depois do crime e Mangas já é réu na Justiça, assim como responde inquérito na Corregedoria da PM.

No dia 14, Keyla Tatiane Leite Chaves, de 29 anos, foi morta com um tiro na cabeça durante o que seria uma tentativa de assalto, na Zona Norte de Macapá. A vítima estava na garupa de uma moto quando foi atingida. A polícia divulgou um áudio que revelou a suposta encomenda da morte dela, o que levantou a suspeita de que a ordem tenha partido de facção atuante dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

Quase no fim do mês, no dia 25, um adolescente de 15 anos foi morto com dois tiros, próximo a um supermercado na Zona Leste de Macapá. A polícia suspeita que o caso foi um acerto de contas

Mapa da Violência

O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Por ele, profissionais do referido portal espalhados pelo país solicitam os dados via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo Fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Além de antecipar os dados e possibilitar um diagnóstico em tempo real da violência, o objetivo é cobrar transparência por parte dos governos. Na página especial, é possível navegar por cada um dos estados e encontrar dois vídeos: um com uma análise de um especialista indicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e outro com um diagnóstico de um representante do governo.