Os protocolos sanitários para prevenção da covid-19 foram concluídos em 57% das redes municipais de ensino consultadas pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A pesquisa, em parceria com o Itaú Social e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), foi feita em junho e julho deste ano.
Participaram 3.355 redes de ensino, que representam 60,2% do total de municípios do país e respondem por 13 milhões de estudantes. A meta do levantamento é conhecer os avanços e desafios das escolas para a garantia da aprendizagem durante a pandemia.
A primeira edição do estudo foi feita no início da pandemia, em abril de 2020, e a proposta era entender como as redes se organizavam para dar conta das atividades educacionais. Nesta edição, mais de 80% das respostas foram dadas pelos titulares da pasta da educação de municípios com até 50 mil habitantes.
Os dados coletados também indicaram que 84% das cidades iniciaram o ano letivo de 2021 com atividades totalmente não presenciais (remotas), enquanto o ensino híbrido foi adotado por 15,1%. Apenas 1,1% declarou estar com aulas presenciais.
Entre os desafios, 60% consideram a busca ativa de estudantes em abandono ou risco de abandono como prioridade para 2021. As respostas também indicaram que, para 71,8%, a procura dos que não têm acompanhado as atividades tem sido feita pela plataforma Busca Ativa Escolar.
O acesso à internet para estudantes e professores e a infraestrutura continuam sendo listadas como as maiores dificuldades para comunidade escolar. Quase todos (98,2%) relataram fazer uso de material impresso e envio de orientações pelo WhatsApp (97,5%).
A pesquisa indica, no entanto, que houve ampliação de outras ferramentas de ensino, com 70% fazendo uso de aulas gravadas e aplicativos de educação para os estudantes. O levantamento anterior, entre janeiro e fevereiro, apresentou índice de 61%. A imunização dos profissionais da rede de educação começou em 95,1% dos municípios consultados.
Fonte: Agência Brasil