Os casos de cólera aumentaram este ano, especialmente em locais de pobreza e conflito, com surtos relatados em 26 países e taxas de mortalidade crescendo acentuadamente, disse disse hoje (30) em Genebra o líder da equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Cólera, Philippe Barboza.
Em um ano típico, cerca de 20 países relatam surtos da doença que se espalha pela ingestão de alimentos ou água contaminados e pode causar diarreia aguda.
"Após anos de números decrescentes, estamos vendo um aumento muito preocupante de surtos de cólera em todo o mundo desde o ano passado", afirmou Barboza.
A taxa média de mortalidade até agora quase triplicou este ano, em comparação com a média de cinco anos e atualmente está em torno de 3% na África, acrescentou.
Embora a maioria das pessoas afetadas tenha sintomas leves ou inexistentes, a cólera pode matar em poucas horas se não for tratada.
Barboza também manifestou preocupação com surtos no Chifre da África (Nordeste africano) e partes da Ásia, incluindo o Paquistão, onde algumas regiões estão inundadas.
Ele lembrou que apenas alguns milhões de doses de vacinas estão disponíveis para uso antes do fim deste ano, citando a falta de fabricantes entre os problemas.
A OMS mantém estoque de emergência de vacinas contra cólera.
"Então, está muito claro que não temos vacinas suficientes para responder a tantos surtos agudos e menos ainda para implementar campanhas de vacinação preventiva, que podem ser uma forma de reduzir o risco para muitos países".
Fonte: Agência Brasil