O ainda ministro da Economia, Paulo Guedes, acertou com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) a prorrogação da isenção do PIS e Cofins sobre os combustíveis por mais 30 dias.
Segundo apurou a coluna, uma MP (Medida Provisória) será assinada ainda nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com a decisão.
Se não fosse prorrogada a isenção, de acordo com fontes do atual governo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiria a rampa no dia 1 de janeiro "com os preços da gasolina subindo junto".
A equipe de Guedes chegou a sugerir que a MP tivesse validade de 90 dias para que o novo governo tivesse mais tempo para tratar a questão do preço da gasolina.
Mas, em uma conversa entre Guedes e Haddad, o futuro ministro teria dito que 30 dias serão suficientes para que sua equipe busque uma nova fórmula para tratar a questão.
Guedes tem dito nos bastidores que a assinatura da MP seria uma espécie de "gesto de boa vontade" do presidente Bolsonaro com o novo governo.
De acordo com fontes da pasta, caso Bolsonaro tivesse sido reeleito a intenção era manter a isenção durante todo o ano que vem. Nos cálculos do Ministério da Economia, a isenção do PIS Cofins sobre combustíveis custa aos cofres da União R$ 52 bilhões por ano. Somente para diesel e gás de cozinha, o valor é de R$ 17 bilhões.
A equipe de Guedes apostava na taxação de lucros e dividendos para conseguir fonte de receita para compensar a isenção, o que dependeria de um aval do Congresso.