O dólar fechou em alta de 0,44% nesta segunda-feira (9), cotado a R$ 5,259, no dia seguinte aos ataques aos Três Poderes em que criminosos invadiram e destruíram prédios públicos em Brasília como forma de contestar o novo governo.
Já o Ibovespa operava perto da estabilidade enquanto agentes financeiros avaliam os potenciais desdobramentos de eventos em Brasília no domingo (8), que deixaram um rastro de destruição na Esplanada dos Ministérios. Por volta das 17h, o principal índice da bolsa subia 0,023%, a 109.214 pontos.
No curtíssimo prazo, a percepção geral no mercado é de que a crise está contida. Investidores citam a solidez das instituições brasileiras como uma âncora para a confiança do mercado no país.
“A ‘falta de controle’ da segurança pública traz, sim, reflexos de curto prazo na percepção de risco Brasil”, diz Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. Por outro lado, “houve forte reação dos Poderes, o que reforça a solidez das nossas instituições”.
“Dado que a situação parece estar sob controle em Brasília, espero que qualquer impacto na classe de ativos seja de curta duração”, disse Alejo Czerwonko, diretor de tecnologia para Mercados Emergentes das Américas do UBS Global Wealth Management.
Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, no Palácio do Planalto, com uma série de autoridades, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças Armadas.
Na última sessão, o Ibovespa terminou o dia em alta de 1,23%. Já a moeda norte-americana à vista fechou em queda de 2,17%, a R$ 5,2364 na venda, maior desvalorização percentual diária desde 31 de outubro (-2,57%) e o patamar de encerramento mais baixo desde 26 de dezembro (R$ 5,2105).
O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de fevereiro de 2023.
Fonte: CNN - Reuters