O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) concedeu à Americanas uma medida de tutela cautelar, a pedido da empresa, depois de a companhia declarar o montante de R$ 40 bilhões em dívidas. A decisão estabelece um prazo de 30 dias para que seja apresentado um pedido de recuperação judicial. Eis a íntegra (45 KB).
A Americanas divulgou um comunicado ao mercado na 4ª feira (11.jan) informando inconsistências em lançamentos contábeis de cerca de R$ 20 bilhões. O executivo Sergio Rial pediu demissão do cargo de CEO da companhia, assim como André Covre, diretor de Relações com Investidores. Eis a íntegra do documento (409 KB).
Entre as determinações listadas na decisão do juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, há, também:
Nesta 6ª feira (13.jan), a empresa divulgou novo fato relevante em que diz não ter apresentado um pedido de recuperação judicial. Eis a íntegra (522 KB).
“A tutela de urgência não representa um procedimento de recuperação envolvendo a companhia. A companhia continua empenhada em manter conversas positivas com seus credores visando ao atingimento de um acordo que seja benéfico a todos os seus stakeholders”, declarou.
A Americanas justifica a apresentação do pedido de tutela ao dizer que é a “medida mais adequada” no momento. Apresenta alguns pontos:
Nesta 6ª feira (13.jan), as ações da Americanas na B3, a bolsa brasileira, subiram 15,81%, vendidas a R$ 3,15. Foi a maior alta do dia.
Às 14h41, cada papel chegou a ser negociado a R$ 4,32, uma valorização de 58,8%.
As ações da empresa terminam a semana em alta, depois de registrar um tombo de 77,3% na 5ª feira (12.jan), quando eram vendidas a R$ 2,72 cada. Foi uma das maiores quedas diárias registradas desde 2008 na bolsa brasileira, segundo dados da TradeMap.
Apenas no pregão da 5ª feira, o valor de mercado da Americanas caiu R$ 8,37 bilhões, saindo de R$ 10,83 bilhões para R$ 2,46 bilhões. Isso levou a maioria das empresas do setor de comércio a desvalorizarem.
Fonte: Poder360