A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (4/12) a segunda fase da Operação Miríade, com o objetivo de desarticular um braço da organização criminosa (ORCRIM) que favoreceu a prática de fraudes para obter regularização em títulos de terras públicas da União, no Amapá.
A ação é resultado de trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal no Amapá, na qual cerca de 70 policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão nas cidades de Macapá/AP e Santana/AP.
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Miríade deflagrada em novembro de 2018, que desarticulou ORCRIM especializada em praticar fraudes para obter regularização em títulos de terras públicas da União, bem como exploração de minério e madeira ilegal. De acordo com as investigações, a ORCRIM, integrada por servidores públicos, se valia de “laranjas” para requerer processos de regularização fundiária e registro no Sistema de Gestão Fundiária – SIGEF.
A prática de grilagem pode chegar aproximadamente a 3 mil hectares de terras localizadas nos municípios de Macapá/AP e Itaubal do Piririm/AP. Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa/passiva, falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de informação, peculato eletrônico, estelionato qualificado e falsidade ideológica. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 45 anos de reclusão.