Economia

Dólar fecha em queda, a R$ 5,17





Liderando as altas, a Azul subia quase 45% após anúncio de reestruturação da dívida com arrendadores de aeronaves, responsáveis por 90% dos passivos de arrendamentos da empresa; aérea também divulgou balanço financeiro nesta manhã

O dólar fechou em baixa de 0,60% nesta segunda-feira (6), cotado a R$ 5,169, sob influência do exterior e com participantes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas, em especial perto do início da tarde, para vender a moeda norte-americana no Brasil.

Foi a segunda sessão consecutiva de queda para a moeda americana, que atingiu a menor cotação de fechamento desde 23 de fevereiro.

Já o Ibovespa operava em alta, puxado pelo desempenho de empresas aéreas e de olho no setor de commodities.

Por volta das 17h15, o principal índice da bolsa brasileira avançava 1,03%, a 104.936 pontos.

Liderando as altas, a Azul subia quase 45% após anúncio de reestruturação da dívida com arrendadores de aeronaves, responsáveis por 90% dos passivos de arrendamentos da empresa. A aérea também divulgou balanço financeiro nesta manhã.

Na sequência, a Gol avançava 26,12%, após a holding Abra fechar o investimento que fará na área brasileira por meio de uma série de operações, incluindo US$ 451 milhões em dinheiro, segundo divulgado na sexta-feira (3).

Já as siderúrgicas puxavam a ponta oposta. CSN Siderúrgica Nacional registrava queda de 3,62%, seguida por Gerdau (-3,4%) e Vale ON (-3,12%).

Também entra no radar a divulgação de dados de emprego pelo Caged, na quinta, e a inflação de fevereiro, aferida pelo IPCA, na sexta-feira. A projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo é de alta de 0,78% no mês e desaceleração nos últimos 12 meses, para 5,54%.

O mercado também se volta ao plano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o novo arcabouço fiscal, que deve ser divulgado neste mês.

Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os trabalhos de sua pasta relacionados ao substituto do teto de gastos deveriam ser concluídos naquela semana, e depois compartilhados com o restante da equipe econômica e com o presidente Lula.

A bolsa também tinha como pano de fundo um viés mais negativo em praças acionárias no exterior. 

No cenário internacional, investidores seguiam em compasso de espera antes de falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, e da divulgação de dados de emprego da maior economia do mundo, previstos para esta semana.

“A perspectiva para a atividade global dos próximos trimestres segue desafiadora, diante da persistência das pressões inflacionárias”, destacaram economistas do Bradesco, acrescentando que dirigentes do Federal Reserve e do Banco Central Europeu continuam sinalizando uma política monetária contracionista por bastante tempo. 

Em relatório a clientes, o Bradesco também chamou atenção como fator que corroborava a aversão fala do primeiro-ministro da China, que indicou meta de crescimento de 5% para a economia do país. No ano passado, o PIB chinês cresceu 3%, mas a meta oficial era de 5,5%.

A bolsa brasileira fechou com perdas de 1,75% no acumulado da semana passada. Para o começo desta semana, a expectativa é que o índice tenha volatilidade, por causa do momento de baixa das commodities.

No último pregão, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,200, em baixa de 0,07%.

O Banco Central fez neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de abril de 2023.

Fonte: CNN - Reuters