Economia

Servidores se aproximam de acordo para reajuste salarial de 9%





O governo apresentou uma nova proposta de aumento salarial de 9% a partir de maio e acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação

A terceira rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente entre governo federal, sindicatos e entidades representantes dos servidores públicos, realizada na tarde desta sexta-feira (10/3), caminhou para um acordo sobre o reajuste dos servidores. O governo apresentou uma nova proposta de aumento salarial de 9% a partir de maio e acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação.

O governo inicialmente apresentou uma proposta de 7,8%, considerada insatisfatória pelos servidores, que pediam 13,5%. “Na reunião de hoje o governo disse que não poderia nos atender completamente, avançou até 8,4% em um primeiro momento, nós tencionamos e conseguimos elevar esse percentual a 9% a partir de maio, mais o auxílio alimentação que vai de R$ 458 para R$ 658”, disse o presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, após a reunião.

O teto do aumento era de 9%, levando em consideração os R$ 11,6 bilhões já previstos no Orçamento deste ano para reajuste salarial de funcionários do Executivo. Os servidores estão com os salários congelados desde 2016 e as perdas acumuladas pela inflação já acumulam 35%, de acordo com a entidade.

A proposta, que será encaminhada formalmente na próxima segunda-feira (13/3), deve ser submetida agora a votação pelas bases sindicais. “Estamos tentando ainda colocar no termo de acordo pautas não financeiras e o governo então na segunda-feira vai nos encaminhar a formalização dessa proposta para que então possamos levar para as nossas bases referendarem ou não o que será proposto pelo governo”, declarou o presidente da Fonacate.

“Nós entendemos que fizemos o possível, estendemos a corda até o limite e agora fica com a base a deliberação sobre aprovar ou não os 9% propostos pelo governo federal, mais 43% no auxílio alimentação a partir de maio”, finalizou Marques.

Procurado, o Ministério da Gestão e Inovação, responsável pela negociação com o funcionalismo federal, ainda não deu retorno. 

Fonte: Correio Braziliense.