O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em alta de 0,70%. A cotação ficou em R$ 5,294.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que reúne as empresas mais negociadas, encerrou o dia com queda de 0,25%, aos 102.675,45 pontos. O Ibovespa atingiu, durante o dia, o menor índice desde julho de 2022, conforme dados do TradeMap.
Temores sobre a situação do Credit Suisse, após o maior investidor da empresa dizer que não pode fornecer mais assistência financeira, e a falência do SVB (Silicon Valley Bank) e do Signature Bank, de Nova York, deixaram investidores cautelosos. As ações europeias tiveram seu pior dia em mais de um ano nesta quarta-feira (15).
- Ações europeias registram pior dia em um ano
As ações europeias tiveram seu pior dia em mais de um ano nesta quarta-feira, depois que papéis bancários retomaram sua liquidação devido às renovadas preocupações dos investidores sobre o estresse no setor, com o Credit Suisse atingindo nova mínima recorde.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 2,92%, a 436,45 pontos, um dia depois de registrar seu melhor dia do ano.
O índice do setor bancário recuou 7,1% e teve a maior perda diária em mais de um ano.
Os esforços de reguladores e executivos financeiros para amenizar os temores de contágio após o colapso repentino do Silicon Valley Bank, um credor com foco em tecnologia, não conseguiram acalmar o nervosismo dos investidores.
Os papeis do Credit Suisse despencaram 24,2% e foram abaixo de 2 francos suíços (2,18 dólares) depois que o maior acionista do banco disse que não poderia aumentar sua participação além de 10%, citando questões regulatórias.
Como o declínio das ações do Credit Suisse aprofundou preocupações com a saúde do setor bancário europeu, investidores agora veem cada vez mais possibilidade de uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Banco Central Europeu na quinta-feira, em vez do incremento de 0,50 ponto percentual, que projetavam antes.
Em Londrers, o índice Financial Times recuou 3,83%, a 7.344,45 pontos.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,27%, a 14.735,26 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 3,58%, a 6.885,71 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 4,61%, a 25.565,84 pontos.
Em Madrid, o índice Ibex-35 registrou baixa de 4,37%, a 8.759,10 pontos.
Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,77%, a 5.812,87 pontos.
- Equipe econômica monitora possíveis impactos da crise no Credit Suisse
A equipe econômica está acompanhando os desdobramentos da crise no banco Credit Suisse, que afeta o mercado financeiro de todo o planeta, disse nesta quarta-feira (15) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em rápida conversa com jornalistas, Haddad informou que ele e a equipe estão em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para avaliar possíveis impactos sobre o Brasil.
Na terça-feira (14), a instituição financeira suíça revelou ter identificado “debilidades significativas” em seus procedimentos de contabilidade e de controle nos últimos dois anos, o que levou à queda das ações. As bolsas europeias tiveram o pior dia em um ano.
As turbulências no Credit Suisse ocorrem dias após dois bancos da Califórnia, ligados a startups do setor tecnológico falirem, o que tem gerado instabilidade no mercado financeiro desde o fim da semana passada.
Haddad também informou que a minuta do projeto de lei do novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos já foi enviada à Casa Civil. “Já está no Planalto”, disse o ministro a jornalistas, ao retornar ao Ministério da Fazenda após acompanhar a posse do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus.
Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ainda não viu o texto e informou que pretende tomar uma decisão antes da viagem oficial à China, prevista para o próximo dia 24. Na terça-feira (14), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a minuta do projeto de lei complementar será analisada ainda nesta semana.
Concluída pelo Ministério da Fazenda há duas semanas, a proposta do novo arcabouço fiscal foi apresentada ao Ministério do Planejamento, que concluiu as análises na semana passada, antes de ir para o Palácio do Planalto.
Fonte: UOL - Agência Brasil