O dólar comercial encerrou o dia com baixa de 2,83% na semana, cotado a R$ 4,915.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em queda de 0,17%, aos 106.279,37 pontos. Mesmo com a pequena queda, bolsa de valores teve a maior alta semanal de 2023: 5,41%.
Resultado do Ibovespa veio após IPCA de março abaixo do esperado elevar a perspectiva de um corte na taxa de juros do país antes do previsto.
Já a moeda americana teve um movimento de queda nos últimos dias conforme aumentaram as perspectivas de corte das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Dados de hoje mostraram que as vendas no varejo dos EUA caíram mais do que o esperado em março, sugerindo que a economia perdeu força no final do primeiro trimestre por causa das taxas de juros mais altas.
"A expectativa de menor atividade econômica traz a esperança de que o Fed possa amenizar [a taxa] um pouco", disse à agência Reuters Matheus Pizzani, economista da CM Capital.
O Fed faz sua próxima reunião de política monetária no início de maio.
O alívio do mercado com a apresentação da proposta de arcabouço fiscaldo governo tem colaborado para o salto do real, disse Pizzani, afirmando que a "harmonização das políticas fiscal e monetária torna o Brasil mais atrativo".
Operadores também têm repetido que o nível da taxa Selic, atualmente em 13,75%, oferece uma rentabilidade interessante para investidores estrangeiros que tentam lucrar com estratégias de câmbio que se aproveitam de diferenciais de juros.
O especialista diz que existe espaço para o dólar continuar abaixo de R$ 5."Temos juros elevados, e, mesmo que o BC cortasse a Selic, ainda teríamos um juro real muito elevado", disse Pizzani.
"Além disso, a gente está entrando num período muito positivo para nossa balança comercial", completou ele, citando otimismo em relação às safras de soja.
Fonte: UOL - Reuters