O dólar comercial encerrou em baixa de 0,35%, cotado a R$ 5,041. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em queda de 0,40%, aos 103.946,58 pontos.
Moeda norte-americana alternou entre estabilidade e leves perdas frente ao real, com investidores acompanhando com cautela a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso.
Investidores também aguardam a última leva de dados econômicos dos Estados Unidos antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, em maio.
O destaque da semana é a publicação dos dados do índice de preços norte-americano, na próxima sexta-feira (28). Antes disso, o mercado também fica atento à divulgação da leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do primeiro trimestre.
Dados mais fortes do que esperado podem levar o Fed a estender seu ciclo de aperto monetário de forma a esfriar uma economia resiliente e, consequentemente, reduzir a inflação.
Os mercados apostam que o banco central dos EUA elevará os juros pela última vez neste ciclo, em 0,25 ponto percentual, quando se reunir nos dias 2 e 3 de maio.
No Brasil, a proposta de arcabouço fiscal enviada pelo Executivo ao Congresso na semana passada fica no radar, depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ter dito que o Congresso poderá fazer mudanças, mas que a essência do projeto será mantida e isso não atrasará a tramitação.
"As expectativas em torno do arcabouço foram em grande parte atendidas, embora existam preocupações sobre a maneira de execução do texto, o que levou a uma oscilação momentânea nos ativos locais", disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.
Alguns investidores acreditam que o texto do arcabouço, embora demonstre esforço pela estabilização das contas públicas, abre espaço para impunidade do governo no caso de desobediência fiscal.
Além disso, muitos acreditam que as metas da nova regra fiscal são ambiciosas demais. Apesar dos ruídos fiscais, que impulsionaram a moeda norte-americana na semana passada, "o real será negociado em linha com a nossa projeção pessimista para o dólar, independentemente das notícias locais", disse Moutinho.
Fonte: UOL com Reuters