O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,56% em abril, na comparação com março, informou a instituição nesta sexta-feira (16).
O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes.
O crescimento do indicador em abril aconteceu após uma retração de 0,14% em março deste ano.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE (veja a diferença mais abaixo).
Em 2022, a economia cresceu 2,9%, o que representa desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior.
Já nos três primeiros meses de 2023, na comparação com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,9%, ficando acima da expectativa do mercado financeiro. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária.
Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,84% para o PIB. Já para 2024, a expectativa é de um crescimento menor, de 1,27%.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas reiteradas ao atual patamar da taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano (o maior em mais de seis anos). Em sua visão, o juro alto trava a expansão econômica, com reflexo na geração de empregos.
O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Em maio, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio, para tentar conter a alta de preços.
Fonte: g1