Economia

'Prévia' do PIB do Banco Central indica elevação de 0,56% na economia em abril





Alta do indicador veio após recuo no mês de março. Na parcial do ano, IBC-Br avançou 3,88% e, em doze meses até abril, subiu 3,43%.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, considerado a "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), registrou expansão de 0,56% em abril, na comparação com março, informou a instituição nesta sexta-feira (16). 

O resultado foi calculado após ajuste sazonal, um tipo de "compensação" para comparar períodos diferentes. 

O crescimento do indicador em abril aconteceu após uma retração de 0,14% em março deste ano. 

  • Na comparação com abril do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 3,31%.
  • No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o IBC-Br avançou 3,88% e, em doze meses até abril, apresentou crescimento de 3,43%. Nesse caso, o índice foi calculado sem ajuste sazonal.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. 

Já o IBC-Br do BC é um índice criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os resultados nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE (veja a diferença mais abaixo). 

Em 2022, a economia cresceu 2,9%, o que representa desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior.

Já nos três primeiros meses de 2023, na comparação com o trimestre anterior, o PIB avançou 1,9%, ficando acima da expectativa do mercado financeiro. O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária. 

Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 1,84% para o PIB. Já para 2024, a expectativa é de um crescimento menor, de 1,27%. 

Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale a bem-estar social. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas reiteradas ao atual patamar da taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano (o maior em mais de seis anos). Em sua visão, o juro alto trava a expansão econômica, com reflexo na geração de empregos. 

O cálculo do PIB, divulgado pelo IBGE, e do IBC-Br é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). 

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Em maio, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio, para tentar conter a alta de preços.

 

Fonte: g1