Educação

Fim do programa de escolas cívico-militares deve afetar 4 unidades com 5 mil alunos no AP





Decisão foi tomada em conjunto pelos ministérios da Educação e da Defesa. Governo do Amapá informou que medida não afetará ano letivo dos estudantes.

Com o anúncio do encerramento do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), o governo do Amapá informou nesta sexta-feira (14) que está estudando estratégias para redefinir a administração das escolas estaduais. No estado, existem 4 unidades com quase 5 mil alunos que funcionam com o programa. 

As escolas estão nos municípios de Macapá e Laranjal do Jari. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), o ano letivo será concluído sem prejuízos e dentro da normalidade. 

A Seed destacou também que o fim do Pecim não afeta o Programa de Gestão Compartilhada com a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), que são geridos pelo governo estadual. 

O programa era uma das prioridades do governo na gestão Bolsonaro, consumindo R$ 64 milhões no ano passado e atendendo o equivalente a 0,1% das escolas do país. 

 

Veja as escolas do Pecim no Amapá: 

  • E.E. Cívico-Militar Mineko Hayashida, em Laranjal do Jari
  • E.E. Cívico-Militar Profº Nilton Balieiro, em Macapá
  • E.E. Cívico-Militar Profº Antônio Ferreira Lima Neto, em Macapá
  • E.E. Cívico-Militar Profº Antônio Munhoz Lopes, em Macapá

Criado em setembro de 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar. 

O formato estabelecia uma cooperação entre MEC e Ministério da Defesa para dar apoio às escolas que optassem pelo novo modelo, bem como na preparação das equipes civis e militares que atuariam nessas instituições. 

  • Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.
  • Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.

 

Veja a nota da Seed na íntegra:

 

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informa que estuda com cautela as estratégias para redefinir a administração das escolas estaduais após o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, anunciado pelo Governo Federal.

Atualmente, quatro unidades de ensino do Amapá fazem parte do programa, reunindo 4.947 estudantes. A Seed tranquiliza pais e alunos e ressalta que o ano letivo será concluído sem qualquer prejuízo e dentro da normalidade.

A decisão tomada pelo Ministério da Educação não impacta as escolas do programa de Gestão Compartilhada com a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, que é mantido exclusivamente pelo Governo do Estado.

Fonte: g1 Amapá