Economia

Ibovespa perde 0,32% com pressão de blue chips; dólar estabiliza em R$ 4,80





O Ibovespa encerrou a sessão desta terça-feira (18) no campo negativo e o dólar se manteve praticamente estável, com a queda das principais companhias do mercado doméstico, também chamadas de blue chips.

No cenário global, as atenções se voltaram para a temporada de balanços do segundo trimestre de empresas nos Estados Unidos.

O principal índice da bolsa brasileira perdeu 0,32%, aos 117.841 pontos, prejudicado principalmente pelas perdas das principais companhias do mercado doméstico.

Já a moeda norte-americana ficou praticamente no zero a zero, com leve alta de 0,04%, negociada a R$ 4,809.

Destaques do Ibovespa

Os ganhos do dia foram represados pela perda de Vale (VALE3), Petrobras (PETR4; PETR3) e Itaú (ITUB4), os papéis com maior peso na composição do Ibovespa.

No caso das empresas expostas à commodities, o mau humor reflete a ampliação do temor internacional com a desaceleração da China após dados da véspera do Produto Interno Bruto (PIB) mostrarem que o país cresceu 6,3% no segundo trimestre, abaixo das expectativas.

As ações da Vale fecharam com perda de 0,63%, enquanto as preferenciais da Petrobras cederam 0,55%.

Já os papéis do Itaú passaram por um momento de correção após altas acumuladas nos últimos meses, explica Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

As ações ITUB4 encerraram o pregão com perda de 1,94%.

Queda dos juros impede resultado pior

Na outra ponta, ações expostas à economia doméstica evitaram uma queda pior do Ibovespa. O movimento de alta é resultado da queda generalizada na curva de juros, com investidores já prevendo a sequência de cortes na Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Neste grupo, Yduqs (YDUQ3) liderou o pregão, com alta de 7,11%. Na sequência, GPA (PCAR3) e Alpargatas (ALPA4) subiram 4,80% e 4,04%, nesta ordem.

“Isso reforça que os agentes estão voltando a apostar em um corte mais agressivo por parte do Copom na reunião de agosto, com um corte de -0,50% na Selic”, diz Fernandes.

“Com isso, as apostas ficam bem divididas agora entre um corte de -0,25% ou -0,50%. Isso faz com que essas ações que são mais sensíveis a mudanças nas taxas de juros reajam positivamente”.

Cenário global

O clima doméstico destoa do tom positivo nos mercados internacionais com resultados positivos neste início de temporada de balanços corporativos nos EUA.

Os primeiros dias estão focados em dados dos grandes bancos, como Morgan Stanley reportando lucro de US$ 2,2 bilhões, acima do esperado.

Já o Bank of America (BofA) divulgou lucro de US$ 7,4 bilhões, também surpreendo positivamente os analistas.

Em Wall Street, o Dow Jones ganhou 1,06%, enquanto S&P 500 subiu 0,72% e a Nasdaq valorizou 0,77%.

No outro lado do Atlântico, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou com alta de 0,62%.

 

Fonte: CNN