O Ibovespa retomou o campo positivo e o dólar voltou a cair ante o real nesta terça-feira (22), diante do arrefecimento do temor global com ativos de risco e redução dos títulos do Tesouro nos Estados Unidos.
No cenário doméstico, o bom humor foi impulsionado pela confirmação da votação do marco fiscal pela Câmara ainda hoje e com as falas de autoridades do Banco Central (BC) sobre a condução da política monetária.
O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia com alta de 1,51%, aos 116.156 pontos, refletindo o recuo dos juros e a valorização em bloco da Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), bancos e varejistas.
Já o dólar registrou perda de 0,84% ante o real, negociado a R$ 4,937 na venda.
O desempenho do mercado brasileiro destoa do cenário global, com fechamento sem direção definida em Wall Street e alta generalizada nas principais praças da Europa.
Os rendimentos dos títulos soberanos norte-americanos cederam após terem atingido máximas em 16 anos recentemente, influenciados em grande parte por temores de que a resiliência da economia dos EUA levará o Federeal Reseve (Fed, o BC norte-americano) a adiar seu ciclo de afrouxamento monetário.
Seu arrefecimento ante esses picos abria espaço para a alta dos índices de Wall Street e de moedas consideradas arriscadas neste pregão.
No Brasil, agentes financeiros analisavam também declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse em evento em São Paulo que a batalha contra inflação no Brasil não está ganha e que a autoridade monetária precisa persistir com uma postura restritiva.
Já o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, em outro evento, afirmou que a divergência entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião foi apenas sobre como iniciar o ciclo de corte de juros.
Fonte: CNN