O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho compareceu à reunião desta quinta-feira da CPI das Pirâmides Financeiras. A presença dele era esperada em Brasília depois que ele, mesmo após duas convocações, não compareceu à comissão, o que motivou o pedido de uma condução coercitiva por parte da CPI.
Ronaldinho é apontado pela comissão como fundador e sócio-proprietário de uma empresa ligada à venda de criptomoedas, que prometia rendimentos de até 2% ao dia, mas deixou investidores com um prejuízo milionário.
No depoimento desta manhã, Ronaldinho afirmou que está aberto a colaborar com a CPI e negou que tenha sido intimado para prestar depoimento. Ele também negou envolvimento com a empresa citada pela comissão. Segundo ele, foram feitas tentativas de marcar o depoimento, mas os e-mails enviados pela defesa dele não teriam sido respondidos pela CPI.
– Não é verdade que sou fundador e sócio-proprietário da empresa. Eu nunca fui sócio da empresa. Os sócios utilizaram indevidamente o meu nome para criar a razão social dessa empresa. Inclusive eu já fui ouvido pelo MPSP e pela PCRJ, na condição de testemunha. Eu jamais autorizei a utilização do meu nome e imagem pela empresa – disse.
Os deputados usaram peças publicitárias da empresa de criptomoedas investigada pela comissão e que tinham a imagem de Ronaldinho. Ele, novamente, negou o envolvimento com a empresa. Segundo o ex-jogador, o contrato de licenciamento de imagem era para uma empresa de venda de relógios. Ronaldinho, no entanto, afirmou não ter entrado na justiça pelo uso indevido de imagem.
– Eu gravei pra campanha dos relógios, eles pegaram a foto e usaram aí – afirmou.
Fonte: ge