Economia

Dólar e Ibovespa fecham em leve queda enquanto mercado ainda digere juros local e discurso do Fed





Nesta sexta, o câmbio estadunidense caiu 0,02%, cotado a R$ 4,9324. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,12%, aos 116.008 pontos.

O Ibovespa e o dólar encerraram esta sexta-feira (22) em queda. O índice, assim como a moeda norte-americana, foram impactos pelos tons mais duros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central do Brasil(BC) nos comunicados de política monetária. 

O câmbio estadunidense caiu 0,02%, cotado a R$ 4,9324. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou com alta de 1,10%, vendido a R$ 4,9336, mas chegou a bater R$ 4,9361 na máxima do dia. 

Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular: 

O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,12%, aos 116.008 pontos. 

Na véspera, o índice fechou o dia em forte queda de 2,15%, aos 116.145 pontos.

O que mexeu com os mercados? 

Os mercados continuam repercutindo as decisões sobre juros, principalmente do Brasil e dos Estados Unidos. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou em 0,50 ponto percentual a Selic, taxa básica de juros, que foi a 12,75% ao ano. Já nos EUA, o Fed deixou as taxas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano. 

As decisões vieram em linha com o que era esperado pelo mercado, mas o tom dos comunicados despertou a atenção dos investidores. 

No caso do Brasil, o Copom reafirmou, com mais ênfase, que segue de olho nos rumos da política fiscal e na arrecadação do governo, que vem caindo. Esses fatores podem pesar sobre próximas decisões do comitê. 

Já nos Estados Unidos, o Fed não teve unanimidade para manter os juros inalterados e vários dirigentes queriam promover uma nova alta nas taxas. Assim, se a inflação continuar subindo no país, outros aumentos podem vir pela frente. 

Os investidores ainda digeriram ao longo do dia dados econômicos internacionais que não afetam diretamente o mercado brasileiro, mas apontam como está o cenário econômico internacional (veja abaixo)

Na zona do euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto - que reúne dados do setor industrial e também de serviços - subiu de 46,7 em agosto para 47,1 em setembro, segundo a S&P Global. 

O indicador veio acima das expectativas que era de 46,5 pontos. No entanto, mesmo com a melhora, o número continua abaixo dos 50 pontos. Quando o número é menor do que 50, há uma contração da economia - acima desse limite, significa expansão econômica.

 

Fonte: g1