Economia

Ibovespa fecha sessão em alta de 1,23% com alívio global; dólar recua a R$ 5,04





O Ibovespa fechou em alta e o dólar perdeu força ante o real nesta quinta-feira (28), com o mercado acompanhando a recuperação do cenário internacional, apesar de a pauta dos juros mais altos nos Estados Unidos ainda inspirar cautela nos investidores.

O principal índice da bolsa brasileira encerrou com valorização de 1,23%, aos 115.730 pontos, sustentado pela Vale (VALE3) e ações de bancos.

O cenário internacional fez o dólar fechar com recuo ante o real. A divisa norte-americana perdeu 0,15%, negociada a R$ 5,040 na venda.

Fabio Louzada, economista e analista CNPI, pontua que o alívio da sessão acompanha os dados da economia norte-americana dentro do esperado pelo mercado.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve alta de 2,1% no segundo trimestre, segundo dados do governo, enquanto os pedidos de seguro desemprego somaram 204 mil na semana passada, 2 mil a mais do que na semana anterior.

“Apesar dos dados não surpreenderem de forma negativa, o mercado teme que os juros sigam altos por mais tempo que o esperado. Pressão das treasuries também segue no radar dos investidores”, explica.

Na pauta doméstica, o Banco Central (BC) elevou a projeção do PIB para 2,9% em 2023. A expectativa de crescimento para 2024 é de 1,8%, com sinalização de menor contribuição da agropecuária para a economia brasileira.

A autoridade também divulgou previsão da inflação em 5% ao fim do ano, ou seja, fora da meta.

 

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- Petrobras e Vale fecham acordo para combustíveis sustentáveis

Parceria para desenvolvimento de soluções de baixo carbono também abrange tecnologias para captura e armazenamento de carbono

A Petrobras e a Vale assinaram nesta 5ª feira (28.set.2023) um acordo para desenvolvimento de soluções de baixo carbono. A parceria estabelece o desenvolvimento de iniciativas na área de combustíveis sustentáveis –como hidrogênio, metanol verde, biobunker (combustível de navio), amônia verde e diesel renovável. Também abrange tecnologias de captura e armazenamento de CO2.

O acordo entre as duas maiores empresas do país tem como objetivo aproveitar as habilidades técnicas e a sinergia das companhias e avaliar oportunidades conjuntas de descarbonização. A parceria estabelece ainda a avaliação de acordos comerciais para fornecimento de combustíveis de baixo carbono produzidos pela Petrobras para consumo nas operações da Vale.

O protocolo de intenções foi assinado no edifício-sede da Petrobras no Rio de Janeiro pelos presidentes da petroleira, Jean Paul Prates, e da Vale, Eduardo Bartolomeo. A parceria terá duração de 2 anos e, segundo as empresas, será estratégica para alavancar transição energética no país.

No passado recente, a Vale vinha divulgando o plano de eletrificar sua frota de trens e caminhões de minério para descarbonizar sua matriz logística. Deixou a ideia em banho-maria diante dos custos e das dificuldades técnicas, passando a estudar o uso de combustíveis renováveis na frota.

“São as duas maiores empresas brasileiras unindo forças em torno de um propósito comum: desenvolver as mais modernas soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, disse Prates, que classificou a parceria como um “pulo do gato”para a descarbonização por estar “criando demanda e escala para soluções de baixo carbono”.

“Vamos potencializar a capacidade produtiva, a estrutura logística e expertise tecnológica desses 2 gigantes nacionais, para alavancar a produção e o fornecimento de combustíveis mais eficientes e sustentáveis”, afirmou o presidente da estatal.

Já Bartolomeo disse que a Vale “tem firme compromisso de reduzir sua pegada de carbono” e pretende ser protagonista nessa frente. “O Brasil tem todas as condições de liderar o desenvolvimento em larga escala de soluções de baixo carbono e combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde e o metanol verde. Este acordo com a Petrobras se insere perfeitamente nesse contexto”, disse o CEO.

 

Fonte: Poder360 - CNN