O Ibovespa fechou em queda e o dólar renovou as máximas desde março nesta quinta-feira (5), em novo dia de cautela nos mercados internacionais, com investidores à espera de dados payroll, que serão publicados nesta sexta-feira (6).
O principal índice do mercado doméstico encerrou com baixa de 0,28%, aos 113.284 pontos. É a primeira vez que o pregão encerra aos 113 mil pontos em quatro meses.
O movimento reflete o ensaio de recuperação das principais empresas do mercado doméstico, com Vale (VALE3) fechando estável, enquanto Petrobras (PETR4) ganhou 0,34%.
O setor bancário subiu em bloco, com destaque para a valorização de 1,58% do Itaú (ITUB4), e de 2,38% do Santander (SANB11).
A perspectiva de novo aumento dos juros nos Estados Unidos abriu espaço para o dólar renovar a máxima de sete meses, encerrando com valorização de 0,31%, a R$ 5,169 na venda.
O mercado segue em compasso de espera por novos dados do mercado de trabalho norte-americano que serão publicados nesta sexta e podem dar mais sinais sobre o nível das atividades da maior economia do globo.
Mais cedo, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 2.000 na semana encerrada em 30 de setembro, para 207.000 em dado com ajuste sazonal, enquanto economistas consultados pela Reuters previam 210.000 pedidos para o período.
Além do clima internacional, Apolo Duarte, sócio da AVG Capital, pontua que os investidores seguem cautelosos com a situação das contas públicas do Brasil, reforçando a pressão da do dólar contra o real.
“A gente está num momento de aversão a risco maior, e o Brasil ainda carrega incertezas fiscais grandes pela frente, então mesmo com o DXY no negativo, ele não está sendo suficiente para trazer uma valorização para o real”, explica.
Fonte: CNN