Economia

Dólar fecha estável após discurso do presidente do BC dos EUA; Ibovespa tem leve alta





Moeda norte-americana registrou recuo de 0,02%, cotada a R$ 5,0529.

O dólar fechou praticamente estável nesta quinta-feira (19), enquanto investidores assimilam o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). 

Entre outros pontos, o dirigente disse nesta tarde que o BC dos EUA está "procedendo com cuidado" em relação a novos aumentos nas taxas de juros dos Estados Unidos. 

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em leve alta no fim do pregão. 

Mesmo com certo otimismo com a declaração de Powell, o pregão foi marcado pela cautela diante da guerra entre Israel e Hamas, que já chegou ao 13° dia. 

O mercado também seguiu preocupado com o preço do petróleo, que pode disparar caso o conflito se estenda por mais tempo e se espalhe para outros países do Oriente Médio. 

Veja abaixo o dia nos mercados.

O dólar recuou 0,02% nesta quinta, cotado a R$ 5,0529. Veja mais cotações.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou o dia em alta de 0,37%, vendida a R$ 5,0539. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular: 

Às 14h45, o Ibovespa subia 0,54%, aos 114.674 pontos. 

No dia anterior, o Ibovespa fechou com baixa de 1,60%, aos 114.060 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

O que está mexendo com os mercados? 

O conflito no Oriente Médio continua pesando sobre o mercado. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que a guerra que seu país trava contra o Hamas "será longa", ao lado do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que afirmou que apoia o país. 

Na véspera, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também visitou Israel e prometeu uma ajuda sem precedentes ao país. 

O receio dos investidores é que, se muito prolongada, a guerra possa impactar na cadeia produtiva do petróleo, haja vista que a região é um importante corredor logístico para a commodity. 

Além disso, se outros países do Oriente Médio, principalmente o Irã, se envolverem com o conflito, os efeitos sobre o preço do petróleo poderiam ser mais graves, tendo em vista que é um dos maiores produtores da commodity no mundo. 

Se o petróleo encarecer, a inflação deve ser afetada em nível global, em um momento em que bancos centrais em todo o mundo lutam para combater o aumento nos preços. 

É neste contexto que os olhos se voltam, também, para os sinais vindos das autoridades dos Estados Unidos sobre os rumos das taxas de juros no país, que já no maior patamar em duas décadas numa tentativa de combater a inflação. 

Especialistas explicam que, com novas pressões inflacionárias no radar, o Fedpode até não promover novos aumentos nas taxas em suas próximas reuniões, mas deve mantê-las em nível elevado por mais tempo do que o mercado espera. 

A declaração de Jerome Powell, porém, acalmou um pouco os ânimos e trouxe um ar mais positivo a pregão. 

Apesar de afirmar que estão tomando cuidado com as altas nos juros, o dirigente destacou que a permanente força da economia e do mercado de trabalho, principalmente, podem levar a novos aumentos das taxas do Fed. 

Outro dado que está no radar, enquanto investidores aguardam o discurso do presidente do Fed, são os pedidos iniciais por seguro-desemprego nos Estados Unidos na última semana, que totalizaram 198 mil, contra expectativa de 212 mil. 

 
Fonte; g1