O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira (20) pelo quarto semana consecutiva, refletindo ainda preocupações com o movimento dos Treasuries e os próximos passos do Federal Reserve, além dos riscos potenciais do conflito no Oriente Médio.
O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,74%, a 113.155,28 pontos, perdendo 2,25% na semana. Na máxima do dia, chegou a 114.089,58 pontos. Na mínima, a 112.533,33 pontos.
O Ibovespa recua nesta sexta-feira (20), puxado pelo desempenho de empresas de peso no índice, e em linha com o desempenho negativo do exterior.
O volume financeiro somou R$ 24 bilhões, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.
O dólar à vista fechou a sexta em baixa ante o real, acompanhando o noticiário externo, onde a moeda norte-americana perdeu força na esteira da queda dos rendimentos dos Treasuries — com investidores buscando a segurança dos títulos dos EUA em meio a temores com a ampliação do conflito no Oriente Médio.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,032 na venda, em queda de 0,43%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 1,11%.
Na B3, às 17:21 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,59%, a R$ 5,046.
No início da sessão, o dólar chegou a oscilar em alta tanto no Brasil quanto no exterior, com a moeda reagindo a novo avanço dos rendimentos dos Treasuries. Na cotação máxima da sessão, às 9h38, o dólar à vista marcou 5,0992 reais (+0,89%).
– VALE ON caiu 2,70%, a 62,68 reais, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, reflexo de preocupações com o mercado imobiliário e a produção de aço mais fraca do que o esperado. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian recuou 3,2%, a 839 iuanes (114,64 dólares) por tonelada métrica no fechamento das negociações diurnas.
– PETROBRAS PN fechou em baixa de 1,28%, a 37,85 reais, após renovar máxima histórica intradia mais cedo, a 38,86 reais. Na véspera, a companhia anunciou alta do preço do diesel em 6,6% nas refinarias, enquanto reduziu o da gasolina em 4%. No exterior, os preços do petróleo avançaram mais cedo, mas Brent terminou o dia em queda de 0,24%.
– B3 ON encerrou em alta de 1,36%, a 11,15 reais, experimentando uma trégua nas vendas após recuar em cinco dos últimos seis pregões, acumulando no período baixa de quase 9%.
– NATURA&CO ON valorizou-se 2,96%, a 12,87 reais, em meio a ajustes, após seis pregões consecutivos de baixa, período em que contabilizou uma perda de quase 17%. A correção encontrou apoio no alívio na curva futura de juros local. O índice do setor na B3 terminou com acréscimo de 0,26%.
– BRF ON subiu 3,85%, a 10,79 reais, com analistas do JPMorgan elevando previsão para o Ebitda da companhia em 2024, bem como o preço-alvo dos papéis de 12 para 13 reais, citando melhor visibilidade dos lucros no horizonte, apoiada pela recuperação de margem no mercado doméstico para aves e queda nos custos de ração.
– MAGAZINE LUIZA ON recuou 4,35%, a 1,54 real, renovando mínima em vários anos. Na contramão CASAS BAHIA ON subiu 4,00%, a 0,52 real. Em outubro até a quinta-feira, Magalu acumulava uma perda de 24%, enquanto Casas Bahia tinha um declínio de quase 21%.
– ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,37%, a 26,96 reais, e BRADESCO PN recuou 1,87%, a 14,16 reais, também pesando no Ibovespa.
Fonte: CNN