Em mais um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar voltou a cair e fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez em quase um mês. A bolsa de valores subiu após cinco quedas consecutivas.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (24) vendido a R$ 4,994, com queda de R$ 0,023 (-0,46%). A cotação chegou a abrir em alta, mas passou a despencar após a abertura dos mercados norte-americanos, até fechar próxima dos níveis mínimos do dia.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana está no menor valor desde 26 de setembro, quando era vendida a R$ 4,98. A divisa acumula queda de 0,66% em outubro e de 5,42% em 2023.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 113.762 pontos, com alta de 0,87%. O indicador foi impulsionado por petroleiras e mineradoras, além da entrada de capitais no Brasil.
Apesar de ter subido perante as principais moedas dos países emergentes, o dólar caiu em relação ao real. Notícias de que a China pretende promover uma nova rodada de estímulos compensaram a leve alta nos juros dos títulos do Tesouro norte-americano. Isso ocorre porque o país asiático é um grande consumidor de commodities (bens primários com cotação internacional), o que beneficia o Brasil.
Apesar do agravamento do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, o mercado financeiro ainda não sofreu turbulências significativas porque a guerra, a menos que se alastre pelo Oriente Médio, tem pequeno impacto na produção de petróleo.
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- Pesquisa revela que 53% dos brasileiros acreditam em melhora econômica
Pouco mais da metade da população brasileira acredita que a economia vai melhorar nos próximos 6 meses, embora a maioria acredite que o momento econômico atual seja regular, ruim ou péssimo. A conclusão consta da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o levantamento, 53% dos pesquisados acreditam em melhoria da situação econômica, contra 21% que acreditam que nada deve mudar em 6 meses e 22% que acreditam em piora no mesmo período. Realizada pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), a pesquisa ouviu 2.004 pessoas em todas as unidades da Federação entre 14 e 19 de setembro.
Em relação ao momento atual, 24% da população considera boa a situação da economia, 36% consideram regular e 38% afirmam que a situação está ruim ou péssima.
A percepção varia conforme a região do país. A melhor avaliação está no Nordeste, onde 32% dizem que o desempenho atual da economia está ótimo ou bom. O percentual cai para 23% no Norte e no Centro-Oeste, para 20% no Sudeste e para 18% no Sul. Em contrapartida, o Norte e Centro-Oeste lideram a avaliação ruim ou péssima, com 44%, seguido pelo Sul (43%), pelo Sudeste (39%) e pelo Nordeste (30%).
Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população brasileira considera ter havido melhorias nos últimos 6 meses. Entre os que consideram a situação da economia atual ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.
A pesquisa também perguntou a expectativa dos entrevistados sobre os indicadores econômicos. Ao todo, foram analisados quatro parâmetros: inflação, juros nos financiamentos pessoais, desemprego e pobreza.
Em relação à inflação, 46% da população acreditam que a inflação subirá nos próximos 6 meses, e 29% acreditam que a inflação vai começar a cair. Sobre os juros, 39% da população acreditam em alta nas taxas dos financiamentos pessoais no mesmo período, enquanto 24% avaliam que elas devem cair.
Para o desemprego, a expectativa é que a taxa aumente nos próximos 6 meses para 30% dos entrevistados e que caia para 31%. Em relação à pobreza, 29% dos brasileiros afirmam que a pobreza ao seu redor subirá e outros 29%, o mesmo percentual, acreditam que a pobreza diminuirá.