Rebeca Andrade conquistou, nesta terça-feira (24), a quarta medalha de ouro do Brasil na história da ginástica artística feminina nos Jogos Pan-Americanos. A brasileira sobrou na final do salto, realizando uma apresentação memorável, não apenas em termos do Pan, mas de toda a história da ginástica artística mundial
Ela foi a última a competir na final e, mesmo podendo fazer saltos ainda mais simples, fez um Cheng de altíssimo nível, com nota de execução 9,733, a maior da carreira dela, e uma das maiores da história da ginástica. Depois, fez um Yurchenko também quase perfeito, de nota de execução 9,633. Total de 14,983.
Para leigos: a nota de um salto é a soma da nota de execução, fixa, e de execução, que vai de 0 a 10. Rebeca fez dois saltos quase perfeitos. Para conquistar o título mundial, ela teve 9,4 e 9,5 de execução, por exemplo. Hoje, A prata ficou com a norte-americana Jordan Chiles, com média 14,150.
A breve história das medalhas de ouro da ginástica feminina do Brasil começou em Havana-1991, quando Luisa Parente foi campeã no salto e nas paralelas assimétricas. Depois, na Rio-2007, Jade Barbosa também ganhou no salto. Agora, é Rebeca quem brilha neste aparelho.
E ela, que já faturou a prata por equipes, e não competiu no individual geral (poupou-se no solo), ainda compete hoje na final das paralelas, como uma das candidatas ao ouro. Amanhã, estará na final da trave, junto de Flávia Saraiva, que tem a melhor nota de toda a competição. Rebeca não tem a trave como ponto forte, mas foi bronze no Mundial.
Mais cedo, na primeira final do dia, Arthur Nory ganhou a medalha de prata na final do solo. Ele fez uma apresentação no mesmo nível das eliminatórias e do Mundial, tirou 13,933, e ficou só atrás do canadense Felix Dolci, campeão do individual geral, que voltou ao alto do pódio com nota 14,233.
Yuri Guimarães era quem poderia ameaçar o ouro do canadense, mas cometeu diversas falhas na sua série e terminou no oitavo e último lugar da final, com 11,966. O jovem brasileiro chorou bastante após a final. Amanhã ele estará na final do salto, junto com Nory. Também amanhã, Diogo Soares e Bernardo Miranda fazem final das paralelas e, Nory e Bernardo, na barra fixa. Nenhum brasileiro avançou às disputas por medalhas nas argolas e cavalos com alças, ainda hoje.
- Pan: Brasil bate Cuba e segue invicto por pódio inédito no beisebol
O beisebol brasileiro emplacou a terceira vitória seguida nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) e avançou com vantagem ao super-round (super rodada), quadrangular decisivo que vai definir os finalistas. Nesta terça-feira (24), os brasileiros voltaram a fazer história ao ganharam por 4 a 2 de Cuba, uma das favoritas ao pódio. Antes, a seleção já havia derrotado a forte Venezuela (3 a 1) e a Colômbia (4 a 3), pelo Grupo B. O Pan de Santiago marca o retorno do Brasil à competição após um jejum de 16 anos. O êxito no Pan é um incentivo a mais para o Brasil na modalidade, já aprovada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para fazer parte do programa da edição de 2028 dos Jogos Olímpicos.
O Brasil aguarda a definição do outro classificado do grupo para saber quando jogará novamente.
No super-round competirão os dois primeiros colocados de cada chave. O Brasil, por ter encerrado a fase de grupos em primeiro lugar, leva vantagem no quadrangular decisivo: disputará apenas dois jogos. Já o segundo classificado na chave entrará em campo três vezes.
Os adversários do Brasil no super-round serão Panamá e México (classificados no Grupo A). O terceiro jogo no quadrangular seria com a seleção segunda colocada no Grupo B, mas como a seleção ganhou todos as partidas até agora, está dispensada deste confronto pelo regulamento.
Os dois melhores no super round vão disputar o ouro, enquanto os piores competirão pela medalha de bronze.
O embate de hoje contou, mais uma vez, com o brilho do arremessador Felipe Natel, conhecido como Pelé, que já havia se destacado no triunfo contra a Venezuela, na última quinta (19). No entanto, ele deixou o campo lesionado, antes do término da partida, após levar uma bolada no pé. No lugar dele, entraram Enzo Sawayama e André Rienzo, que mesmo com dificuldades, seguraram o ataque de Cuba.
- Santiago 2023: Brasil é ouro no revezamento 4x200 metros masculino
A natação brasileira garantiu mais uma medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos que estão sendo disputados em Santiago (Chile). A equipe formada por Murilo Sartori, Breno Correia, Fernando Scheffer e Guilherme Costa conquistou nesta terça-feira (24) a medalha de ouro do revezamento 4x200 metros, além de bater o recorde da prova.
“Adoro dividir a piscina com esses caras e esse ouro, mais o recorde pan-americano, mostra que, se continuarmos trabalhando, continuarmos tendo essa regularidade, de estar sempre nas finais, mostra que alguma coisa muito boa vai vir num futuro próximo”, declarou Murilo Sartori à assessoria de imprensa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O Brasil também garantiu uma medalha de prata na versão feminina da prova. Gabrielle Roncatto, Natália Soares, Maria Fernanda e Stephanie Balduccini fizeram uma ótima prova, terminando a pouca distância dos Estados Unidos (vencedores) e superando o Canadá (terceiro).
“Saímos muito satisfeitas. Brigamos com os Estados Unidos até o final. É um revezamento muito jovem, e queremos evoluir e conquistar ainda mais”, declarou Gabrielle Roncatto, que também garantiu um bronze nesta terça nos 400 metros medley.
O dia também foi de conquistas no badminton. Nas duplas femininas o Brasil garantiu um bronze. Juliana Vieira e Sânia Lima alcançaram as semifinais, mas foram superadas pelas norte-americanas Kerry e Annie Xu, no Centro de Treinamento Olímpico, no bairro de Ñuñoa, por 2 sets a 0 (parciais de 21/7 e 21/18).
“Sabíamos que não ia ser fácil, elas eram a dupla número 2 do torneio. Sabíamos que ia ser um jogo com muitos ralis e estou feliz com a nossa performance”, declarou Sâmia.
Outra modalidade na qual o Brasil ocupou a terceira posição de um pódio foi no levantamento. Na última segunda (23), na categoria até 81 quilos, Laura Amaro garantiu o bronze para se juntar a Jaqueline Ferreira e Bruna Piloto como atletas com pódio em Pan no levantamento de pesos feminino brasileiro.
“Nesse momento da temporada e da minha carreira essa medalha é muito importante. É mais do que um bronze, pois é uma fase difícil nesta temporada para todas as atletas por conta do cansaço. Acertar esse resultado, conquistar essa medalha com uma boa estratégia foi muito bom. Estou muito feliz”, declarou.