O Brasil conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago ao vencer a Argentina por 3 sets a 0, com parciais de 25/23, 25/13 e 25/22. A seleção não deu chances ao principal adversário das Américas na Arena Arena Parque O'Higgins, foi agressiva desde o primeiro ataque. O oposto Darlan foi o destaque da partida com 14 pontos e fundamental na campanha brasileira ao título.
Foi a quinta medalha de ouro do Brasil no vôlei masculino, que agora assume como maior vencedora da modalidade ao lado de Cuba. A seleção brasileira não alcançava o topo do pódio desde o Pan de Guadalajara 2011. A Argentina ficou com a prata pela primeira vez e a Colômbia conquistou o bronze, resultado inédito para o país.
O Brasil viajou para Santiago com uma seleção mista de jogadores novatos e outros mais experientes, que no mês passado garantiram a vaga a Paris no Pré-Olímpico, disputado no Maracanãzinho. Com a demissão de Renan Dal Zotto, alegou questões médicas e familiares para se afastar, a equipe foi ao Chile sob o comando de Giuliano Ribas, também conhecido como Juba, que fazia parte da comissão de Renan, como auxiliar técnico.
A seleção de Juba chegou à final invicta, com vitórias convincentes sobre Colômbia e México. Na partida contra Cuba, a equipe brasileira mostrou de volume de jogo para conseguir o resultado no tie-break. O oposto Darlan foi o nome do time durante todo o Pan. Seus ataques potentes e os saques agressivos foram fundamentais.
Argentina e Brasil eram favoritos ao título desde o início da competição pelo histórico de conquistas. Melhores seleções das Américas, sempre se encontram em momentos decisivos e protagonizam grandes duelos. Em finais, a rivalidade é ainda mais aflorada. Em 2015, os argentinos venceram na decisão e ficaram com a medalha de ouro. A vitória do Brasil neste sábado impediu o tricampeonato da Argentina, que nos Jogos de Lima 2019 também subiu no lugar mais alto do pódio.
A Argentina largou na frente e aproveitou da experiência do ponteiro Facundo Conte para colocar vantagem no placar. O Brasil viu o adversário abrir 19 a 14, quando o técnico Giuliano Ribas colocou o oposto Felipe Roque em quadra. Além dos ataques eficientes, ele formou boa dupla com o central Judson no bloqueio para virar o marcador. Conte tentou levar o set para os argentinos, mas a seleção brasileira conseguiu fechar em 25 a 23.
Mais entrosada e confiante, a seleção brasileira não teve dificuldades para deslanchar no segundo set. Com o oposto Darlan fazendo a diferença dentro de quadra, o Brasil não dava chances à Argentina, que tentava buscar a parcial mas sempre em vão. Quando a vantagem era confortável, já com 8 pontos à frente, o ponteiro Adriano conseguiu uma sequência que carimbou o set para a seleção: 25 a 13.
Facundo Conte liderou mais uma vez a Argentina no terceiro set. Sem nunca terem perdido uma final no Pan, os argentinos equilibraram a partida e mantiveram o placar apertado até o fim da parcial. Capitão do Brasil em Santiago, o ponteiro Henrique Honorato chamou a responsabilidade e fez pontos importantes. Com um saque forte, ele desestabilizou o passe do adversário e conseguiu o contra-ataque. A seleção foi forçando o jogo e, em um erro do rival, garantiu a vitória por 25 a 22.
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Com a conquista do segundo ouro na modalidade nesta edição do Pan - o primeiro foi com o paulista Hidalgo, na prova masculina - o país somou pontos preciosos no ranking mundial, que serve de parâmetro na busca por vaga olímpica em Paris 2024. O Brasil é o vice-líder no quadro de medalhas, com 180, atrás dos Estados Unidos (253). O México (125) ocupa a terceira posição.
O primeiro a competir foi Hidalgo. Embora não tenha ido bem na natação - chegou em último lugar - se recuperou no ciclismo, encerrando na terceira posição. Em seguida, foi a vez da catarinense Djenyfer Arnold, que manteve o Brasil em terceiro. Na metade final da prova, dois cearenses fizeram a diferença. O primeiro foi Manoel Messias que foi bem três modalidades e diminuiu a desvantagem para os adversários. Na sequência, foi Vittoria Lopes que de cara assumiu a primeira posição na disputa, com uma prova perfeita na natação, e depois ainda aumentou a vantagem do quarteto brasileiro no ciclismo e na corrida.
O Brasil estreou no topo do pódio pan-americano do revezamento misto de triatlo na última edição: Lima (Peru), em 2019.
Fonte: ge - Agência Brasil