O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (9), aos 119 mil pontos. O principal índice brasileiro teve um leve recuo de 0,12% em um dia marcado por balanços corporativos, enquanto o mercado repercutia a aprovação da Reforma Tributária pelo Senado na última quarta-feira (8).
Ainda que o pregão tenha encerrado de forma negativa, na máxima, o Ibovespa ultrapassou os 120 mil pontos, algo que não acontecia desde agosto.
O penúltimo pregão da semana também foi marcado pela disparada dos papéis da Braskem após o grupo petrolífero Adnoc, de Abu Dhabi, fazer uma nova oferta não vinculante, no valor de R$ 10,5 bilhões, pela participação que a Novonor tem petroquímica.
A Petrobras também foi destaque, com apoio no avanço do petróleo para se recuperar após três quedas seguidas, tendo no radar ainda o balanço trimestral.
Já o dólar fechou em alta de 0,67%, a R$ 4,94, após Jerome Powell, presidente do Banco Central dos Estados Unidos, dar sinais de preocupação com a inflação.
Em evento do Fundo Monetário Internacional, Powell disse que o Fed ainda não está confiante de que a política monetária está suficientemente restritiva para levar a inflação de volta à meta de 2% ao ano.
Os investidores domésticos repercutem a aprovação da reforma tributária no plenário do Senado na última quarta-feira (8).
O texto da reforma prevê que todos os produtos e serviços vendidos no país terão um imposto federal unificado por meio de um “IVA dual”. Agora o texto vai ter que voltar para à Câmara dos Deputados pro causa das alterações feitas pelos senadores.
Para especialistas, contudo, o desmembramento da PEC acendeu a luz amarela para alguns especialistas, já que abre a possibilidade de uma desidratação ainda maior.
“A quantidade de exceções e a possibilidade da PEC desidratar nessa volta para a Câmara dos Deputados são os pontos mais preocupantes no momento, mas ainda assim é uma reforma que tem um impacto positivo na economia”, explica Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
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- Pagamento do 13º salário injetará R$ 291 bilhões na economia
O pagamento do 13º salário deverá injetar na economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões, diz levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O valor representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e será pago a cerca de 87,7 milhões de pessoas: trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Em média, cada trabalhador deverá receber R$ 3.057.
Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6 bilhões, ou 69% do total, irão para empregados formais, incluindo trabalhadores domésticos, e 31%, (R$ 89,8 bilhões) para aposentados e pensionistas. Beneficiários da Previdência Social (32,8 milhões de pessoas) receberão R$ 55,4 bilhões, aposentados e pensionistas da União, R$ 11,2 bilhões (3,8%); aposentados e pensionistas dos estados, R$ 17,5 bilhões (6%); e aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 5,6 bilhões.
A maior média do valor do 13º será paga aos trabalhadores do setor de serviços (R$ 4.460). A indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 3.922; e o menor fica com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.362.
O maior valor médio para o 13º será destinado aos trabalhadores, aposentados e pensionistas no Distrito Federal (R$ 5.400) e o menor, no Maranhão e Piauí (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente).
Segundo o Dieese, para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2023, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).