Economia

Ibovespa renova máxima com apoio externo; dólar fecha estável, a R$ 4,90





Investidores reagem a dados mistos nos EUA e pausa do conflito entre Hamas e Israel

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (22), aos 126.035 pontos, o que representa uma alta de 0,33%, renovando as máximas em dois anos.

Apesar de o índice ter se aproximado dos 127 mil pontos nas máximas do dia, pressões negativas vindas de Vale (-1,1%) e Cemig (-9,71%) contribuíram para frear o viés de alta da bolsa.

Já o dólar fechou praticamente estável, com uma leve alta de 0,08%, negociado a R$ 4,90, com investidores avaliando dados mistos dos Estados Unidos e reagindo à notícia de pausa no conflito entre Israel e Hamas.

Outro ponto que contribuiu para os resultados do Ibovespa e do dólar foi a perspectiva, por parte dos investidores, de que o Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês) não subirá mais a taxa de juros nos Estados Unidos.

Na pauta local, o mercado foi favorecido pela percepção de ambiente mais favorável nos mercados de juros com a queda das taxas em toda a curva. 

Ainda na cena doméstica, os dados das contas públicas com atualização na previsão de rombo e novo anúncio de contingenciamento pelo governo federal também ficaram entre os destaques do dia.

Ibovespa em tendência de alta

Análise gráfica da Ágora Investimentos afirma que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto prazo em direção ao topo histórico formado na região dos 131.000 pontos, “nível que quando atingido pode motivar novo movimento de correção”, afirmaram em relatório enviado a clientes.

“A atenção fica na perda dos 123.000, que abriria espaço para uma reversão, com o índice iniciando uma queda em busca do próximo apoio que ficou distante na região dos 119.200 pontos”, acrescentou a equipe da corretora.

A alta do dia ocorre a despeito do desempenho negativo das empresas com maior peso no mercado. A Vale (VALE3) perdia mais de 1,3%, enquanto os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) cediam quase 0,9%.

Cenário global

No cenário internacional, operadores digeriam uma série de dados mistos dos Estados Unidos, que mostraram um mercado de trabalho ainda apertado, mas também ofereceram mais sinais de desaceleração da economia.

Na véspera, a ata da última reunião do Federal Reserve mostrou que os membros do banco central concordaram que só precisarão aumentar os juros novamente “se” as informações recebidas mostrarem progresso insuficiente na redução da inflação.

O dólar tem mostrado fraqueza recentemente, o que participantes do mercado têm atribuído ao arrefecimento dos rendimentos dos Treasuries, depois que os títulos do governo dos EUA com prazo em dez anos caíram ante máximas em vários anos acima de 5%. 

Os rendimentos dos Treasuries mostraram vaivém na esteira dos dados norte-americanos, mas seguiram bem abaixo de máximas recentes, o que participantes do mercado citavam como um alívio adicional para o mercado de juros doméstico e, consequentemente, para a bolsa paulista.

Fonte: CNN