O Ibovespa encerrou em queda nesta sexta-feira (24), mas subiu pela quinta semana seguida, enquanto o dólar caiu diante dos novos plano de investimentosanunciado pela Petrobras e o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de 17 setores da economia, que ainda pode ser derrubado pelo Congresso.
Em Wall Street, o mercado acionário voltou a operar após feriado de Ação de Graças, mas em pregão reduzido, até apenas 15h, pelo horário de Brasília, enquanto a semana foi marcada pela acomodação dos rendimentos dos Treasuries, os títulos do governo dos EUA, em patamar mais baixo.
O principal índice do mercado doméstico encerrou o dia com perda de 0,84%, aos 125.517, mas as altas acumuladas nas últimas sessões fizeram o Ibovespa fechar a semana com alta de 0,59% — mantendo o melhor patamar em mais de dois anos.
Já a divisa norte-americana fechou o dia com queda de 0,17%, negociada a R$ 4,899 na venda. Na semana, o dólar registrou perda de 0,14% ante o par brasileiro, marcando a sexta baixa nessa base de comparação em sete semanas.
Com baixa liquidez nos mercados internacionais, as atenções dos investidores se voltaram ao noticiário doméstico. Um dos focos foi a Petrobras, que na véspera divulgou novos planos de investimento, prevendo a injeção de US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028, alta de 31% em relação ao previsto para o período quinquenal anterior.
Segundo o CEO da estatal, Jean Paul Prates, o planejamento busca “revitalizar” a empresa e lançar as bases para o futuro em meio à transição energética.
Ao comentar sobre o plano divulgado na quinta-feira (23), Prates afirmou ainda que a Petrobras tem o “dever” de se tornar uma empresa de energia nacional, depois que a União deixou de ser controladora da Eletrobras.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) da estatal fecharam com alta de 0,28%.
Já na seara política, as atenções estiveram na decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em vetar de forma integral a desoneração da folha de pagamento para 17 setores que mais empregam no país. A decisão será analisado pelo Congresso Nacional.
A decisão foi criticada por sindicatos e associações, que afirmaram que o veto prejudica o desenvolvimento da indústria e pode levar ao corte de postos de trabalho.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nessa semana que o governo pretende apresentar um conjunto de medidas para equacionar a situação dos setores beneficiados pela desoneração.
“Na volta da COP, vamos apresentar um conjunto de medidas que podem ser tomadas no final do ano para equacionar esse problema”, disse se referindo à Conferência das Nações Unidas para o Clima, que será realizada entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.