Economia

Ibovespa fecha em queda de 0,29% após superar 127 mil pontos; dólar sobe a R$ 4,88





Dados do PIB nos EUA acima do esperado trazem cautela, enquanto investidores esperam novos números da inflação

Por volta das 10h, dólar à vista registrava alta de 0,55%, a R$ 4,89 na venda Cris Faga/NurPhoto via Getty Images 

O Ibovespa fechou em baixa nesta quarta-feira (29) após superar os 127 mil pontos e o dólar subiu diante da realização de lucros de investidores e com expectativa do fim do ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos.

O mercado acompanhou dados da economia EUA publicados nesta manhã, que vieram um pouco mais fortes do que o esperado.

Amanhã, será informado o PCE, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), que tem chances de minar ou reforçar as apostas do mercado de afrouxamento monetário a partir do ano que vem.

O principal índice do mercado doméstico inverteu o sinal na hora final do pregão e encerrou com perda de 0,29%, aos 126.165 pontos. Apesar do desempenho negativo, o Ibovespa caminha para o melhor mês em três anos.

Seguindo o movimento de fortalecimento global, o dólar fechou o dia com alta de 0,28%, negociado a R$ 4,886 na venda. Em novembro, a moeda ainda acumula baixa de 3,06%.

PIB dos EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, medida mais ampla da produção econômica, aumentou a uma taxa anualizada de 5,2% de julho a setembro, segundo dados do Departamento do Comércio divulgados nesta manhã.

O número reflete um ritmo de crescimento mais rápido do que a taxa de 4,9% estimada inicialmente pelo departamento.

O número aumenta o sentimento de cautela dos investidores sobre os próximos passos do Fed na luta para reduzir a inflação. Amanhã, será divulgado o PCE, o indicador de preços favorito da autoridade monetária para balizar os juros.

A maior aposta do mercado é pela manutenção do atual patamar de 5,25% — 5,5%, o maior nível em mais de duas décadas.

Mais cedo, o Fed divulgou o livro bege, indicando que a economia desacelerou desde outubro de 2023 e que as perspectivas para os próximos seis a 12 meses caíram.

Fonte: CNN