Economia

Ibovespa encerra semana com alta de 2,44% após bater maior patamar da história; dólar sobe 0,18%, a R$ 4,93





Mercado passa por ajuste com falas de dirigentes do Fed afastando chance de corte dos juros nos EUA nos próximos meses

O Ibovespa recuou e o dólar voltou a subir ante o real  após autoridades do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) esfriarem a expectativa dos investidores para início do corte de juros a partir do primeiro semestre de 2024.

No cenário interno, o mercado acompanha a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, já aprovada em primeiro turno nesta tarde.

O principal índice do mercado brasileiro encerrou a sessão com perda de 0,49%, aos 130.197 pontos, um dia após atingir o maior patamar da história.

Apesar do desempenho negativo no dia, o Ibovespa fecha a semana com alta de 2,44%, o maior salto desde o período encerrado em meados de novembro.

O arrefecimento do bom humor dos mercados deu novo fôlego ao dólar, que encerrou o dia com alta de 0,46% ante o par brasileiro, negociado a R$ 4,937 na venda. Na semana, a divisa acumulou ganho de 0,18%.

O clima de otimismo dos últimos dias foi esvaziado nesta sexta após comentários do presidente do Fed de Nova York, John Williams, que rejeitou as crescentes expectativas em relação à cortes na taxa de juros dos EUA.

Segundo ele, o Fed ainda se concentra em verificar se a política monetária está no caminho certo para continuar levando a inflação à meta de 2%.

O posicionamento foi reforçado pelo presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que afirmou que a taxa deve começar a ser reduzida “em algum momento do terceiro trimestre” de 2024 se a inflação cair conforme o esperado.

Bostic disse esperar que a inflação, medida pelo índice PCE, termine 2024 em torno de 2,4%, um progresso suficiente em direção à meta de 2% do banco central dos Estados Unidos para justificar dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros durante o segundo semestre do próximo ano.

Na quarta (13), o Fed manteve as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%. O discurso do presidente, Jerome Powell, levou a uma onda de otimismo ao mercado, reforçando as expectativas de início de queda dos juros já nos próximos meses

Fonte: CNN