O Ibovespa fechou em alta e o dólar ficou no zero a zero ante o real nesta quarta-feira (13) em sessão de agenda esvaziada e com investidores segurando as apostas de queda dos juros nos Estados Unidos a partir de junho após dados da inflação divulgados na véspera.
O principal índice do mercado doméstico encerrou o dia com alta de 0,26%, aos 128.006,05 pontos, em dia de vencimento de opções. O despenho destoou de Wall Street, que fechou sem direção definida um dia depois de o S&P 500 bater novo recorde de alta.
Sem grandes catalisadores, o dólar fechou praticamente estável frente ao real, com variação negativa de 0,01%, a R$ 4,974 na venda.
Na véspera, dados mostraram que o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,4% no mês passado, depois de ter avançado 0,3% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, os preços ao consumidor aumentaram 3,2%, de 3,1% em janeiro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,4% no mês e de 3,1% na base anual.
Os dados não alteraram as apostas do mercado de que o banco central dos EUA manterá sua taxa básica de juros até um primeiro corte em junho. A próxima reunião de dois dias do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) acontecerá na semana que vem.
No Brasil, o IPCA subiu 0,83%, acelerando a alta de 0,42% em janeiro e superando expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,78% no mês, informou o IBGE na véspera. No entanto, não mudaram as apostas de que o BC cortará os juros em 0,50 ponto percentual quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunir na semana que vem, a 10,75%.
A alta do mercado foi sustentada pela Vale (VALE3), com alta de 0,64%, em mais um dia no qual os preços futuros do minério de ferro caíram na China devido a temores de uma redução na demanda pelo principal consumidor da commodity.
Na direção oposta, Petrobras voltou a ceder, com os papéis preferenciais (PETR4) recuando 1,20% e os ordinários (PETR3) com queda de 0,99%, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros continuam monitorando noticiário envolvendo a decisão da empresa de não distribuir dividendos extraordinários e colocar os recursos em uma reserva estatutária.
“Petrobras em questão do não pagamento de dividendos extraordinários e da crise envolvendo Jean Paul Prates. E Vale muito pela questão também da ingerência política. O conselheiro de administração da Vale renunciou na última segunda por discordar do processo de sucessão do atual presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo”, pontua Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.
Fonte: CNN - Reuters