Economia

Ibovespa perde força e encerra em alta de 0,09% com Petrobras e EUA; dólar sobe a R$ 5,05





Possibilidade de troca no comando da estatal pressiona investidores

O Ibovespa fechou perto das mínimas e o dólar subiu ante o real nesta quinta-feira (4), com a atenção dos investidores dividida entre o cenário de juros nos Estados Unidos e possibilidades de troca no comando da Petrobras.

O principal índice do mercado doméstico fechou em leve alta de 0,09%, aos 127.427 pontos, próximo das mínimas da sessão. Nas máximas, o Ibovespa chegou a se aproximar dos 130 mil pontos.

Após operar em queda acentuada, o dólar devolveu parte dos ganhos e passou para o campo positivo, encerrando a sessão com alta de 0,21%, negociado a R$ 5,052 na venda.

O cenário global inverteu e passou a cair com investidores analisando novos dados que podem dar pistas sobre o futuro das decisões do Federal Reserve (Fed).

A agenda macroeonômica dos EUA mostrou mais cedo nesta quinta-feira que os anúncios de demissões aumentaram 7% em março, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2023, enquanto os pedidos semanais de auxílio-desempregocresceram mais do que o esperado, para 221.000 solicitações. 

Na sexta-feira (5), as atenções estarão voltadas para dados sobre a criação de vagas divulgadas pelo governo norte-americano.

Foco na Petrobras

No holofote dos investidores, está o embate em torno da Petrobras. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, teria pedido uma conversa definitiva com o presidente Lula.

O executivo estaria incomodado com uma sequência de desentendimentos com o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, e estaria considerando deixar o cargo.

Além disso, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, é um dos nomes cotados para assumir a Petrobras.

Após alta firme, os papéis da empresa perderam força e encerraram no vermelho. As ações preferenciais (PETR4) caíram 1,41%, enquanto as as ordinárias (PETR3) cederam 0,46%.

Também nesta manhã, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, além de Silveira, decidiram, durante reunião no Palácio do Planalto, que vão defender o pagamento de 100% dos dividendos da Petrobras aos acionistas. O presidente da Petrobras já foi comunicado da posição dos ministros.

Haddad, Rui e Silveira devem agora consultar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para bater o martelo sobre o tema.

No mês passado, a empresa decidiu não distribuir os dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões aos acionistas. O dinheiro ficou parado numa conta de reserva que poderia ser usada para cobrir futuros investimentos.

Fonte: CNN - Reuters