O Ibovespa fechou estável nesta quinta-feira (18). O índice abriu o dia em alta, mas inverteu o curso e chegou a renovar a mínima do ano durante o pregão, com falas de autoridades reforçando apostas de que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) não deve começar a cortar os juros tão cedo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,02%, a 124.196,18 pontos. Na máxima do dia, chegou a 125.140,22 pontos.
O dólar também encerrou o dia leve alta, acompanhando o avanço da moeda americana em meio à incerteza fiscal nos EUA.
A divisa fechou o dia cotada a R$ 5,2508, em alta de 0,12%. Em abril o dólar acumula alta de 4,69%.
Durante entrevista coletiva do G20, em Washington, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que um cenário com o dólar forte “é sempre um problema” e pode gerar reação dos bancos centrais pelo mundo. No caso do Brasil, ele ponderou que a situação é melhor.
O presidente do Banco Central mencionou o fluxo de recursos para o Brasil e as reservas internacionais do país como fatores que atenuam problemas.
Haddad, que também esteve presente no evento, disse que uma redução drástica nas expectativas de cortes da taxa de juros dos EUA afetou variáveis macroeconômicas globalmente.
Segundo o ministro, autoridades globais estão se ajustando à expectativa de que taxas de juros e o dólar ficarão mais altos por mais tempo.
Lá fora os mercados apresentam sinais de recuperação após turbulência no início da semana, em meio a uma alta das bolsas de Wall Street e moderação do índice do dólar.
Alguns participantes do mercado disseram que a resiliência da economia norte-americana e a provável necessidade de juros altos por mais tempo já foram precificadas nos últimos dias.
E, colaborando para a recuperação do humor global, não há sinais claros, pelo menos até o momento, de uma retaliação direta de Israel contra o Irã após ataques do último final de semana, em meio a pressão global para que não haja escalada desastrosa do conflito no Oriente Médio.
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- Banco Central comunica o vazamento de dados de 3 mil chaves Pix
Um total de 3.020 chaves Pix de clientes do Banco do Estado do Pará S.A. (Banpará) tiveram dados vazados, informou nesta quinta-feira (18) o Banco Central (BC). Esse foi o oitavo vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.
Segundo o BC, o vazamento ocorreu entre 20 de março e 13 de abril de 2024 e abrangeu as seguintes informações: nome do usuário, Cadastro de Pessoa Física (CPF) com máscara, instituição de relacionamento, agência e número da conta.
O vazamento, apontou o BC, ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. A exposição, informou o BC, ocorreu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos.
Embora o caso não precisasse ser comunicado por causa do baixo impacto potencial para os clientes, a autarquia esclareceu que decidiu divulgar o incidente em nome do “compromisso com a transparência”.
Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.
A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas. A legislação prevê multa, suspensão ou até exclusão do sistema do Pix, dependendo da gravidade do caso.
Esse foi o oitavo incidente de vazamentos de dados do Pix desde a criação do sistema, em novembro de 2020. Em agosto de 2021, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese). Inicialmente, o BC tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde.
Em janeiro de 2022, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. No mês seguinte, 2,1 mil clientes da Logbank pagamentos também tiveram dados expostos.
Em setembro de 2022, dados de 137,3 mil chaves Pix da Abastece Ai Clube Automobilista Payment Ltda. (Abastece Aí) foram vazados. Em setembro do ano passado, 238 chaves Pix da Phi Pagamentos tiveram informações expostas.
Em março deste ano, ocorreram dois incidentes. Cerca de 46 mil clientes da Fidúcia Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte Limitada (Fidúcia) tiveram informações vazadas. Dias depois, o BC informou o vazamento de 87 mil chaves da Sumup Sociedade de Crédito.
Em todos os casos, foram vazadas informações cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.
Fonte: CNN - Agência Brasil