O Ibovespa encerrou o dia em alta nesta terça-feira (7) à espera da decisão dos juros pelo Banco Central (BC), que será publicada nesta quarta (8).
Neste pregão, o principal índice do mercado doméstico subiu 0,55%, a 129.173,44 pontos. O cenário corporativo também deu fôlego para os negócios desta sessão.
As ações da Rede D’Or e do Itaú fecharam entre as principais altas – respectivamente 9,33% e 2,07% – após divulgação na véspera de balanço positivos do primeiro trimestre.
Enquanto isso, a Suzano figurava na ponta negativa, com queda de mais de 12%, após notícia de que fez uma oferta por ativos da International Paper.
Já a moeda norte-americana encerrou em queda ante ao real, em linha com o alívio externo sobre as perspectivas de afrouxamento monetário nos Estados Unidos após dados do mercado de trabalho divulgado na semana passada abaixo do esperado.
O dólar fechou o pregão negociado a R$ 5,0681 na venda, queda de 0,13% ante o último fechamento.
No exterior, o índice que compara o dólar a uma cesta de pares fortes rondava a estabilidade.
O mercado segue à espera do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que revelará os próximos passos da Selic amanhã, após o fechamento do mercado.
O boletim semanal Focus e os contratos futuros de juros mostram perspectiva de redução do ritmo de corte da Selic para 0,25 ponto percentual, a 10,50% ao ano.
A maioria dos economistas consultados em pesquisa da Reuters também acredita numa desaceleração para 0,25 ponto, embora parcela expressiva aposte na manutenção do passo de 0,50 ponto visto nas últimas seis reuniões, com Selic a 10,25%.
Num geral, quanto mais o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) cortar os juros e quanto menos o BC afrouxar a política monetária local, melhor para o real, devido ao efeito nos retornos para investidores em renda fixa.
No entanto, muitos participantes do mercado têm alertado que, caso eventual decisão do BC de desacelerar o afrouxamento seja motivada por elevadas incertezas fiscais, isso poderia anular o efeito positivo para o real, já que a saúde das contas públicas também é um fator levado em consideração para decisões de investimento.
As respostas do governo para a recuperação da economia do Rio Grande do Sul após as fortes chuvas que atingem centenas de cidades também seguem no radar do mercado.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicou nesta terça-feira que o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no Rio Grande do Sul deve ser aprovado.
O texto já passou pela Câmara dos Deputados e abre caminho para o envio de recursos federais ao estado sem que isso afete a meta fiscal do governo.
Fonte: CNN