A Petrobras obteve um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no 1º trimestre de 2024, uma queda de 23% em relação ao 4º período do ano passado. De acordo com a companhia, o resultado é consequência da desvalorização cambial do final de período e menor venda de óleo e derivados, "algo comum no 1º trimestre do ano, quando há menor demanda por diesel, assim como a redução do preço do petróleo e da margem de diesel”.
Segundo o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite, a desvalorização cambial impacta no demonstrativo financeiro, mas não afeta o caixa da companhia.
No resultado financeiro do período, foi registrado Fluxo de Caixa Operacional de R$ 46,5 bilhões e resultado ajustado, antes de juros, impostos, depreciação e despesas de amortização, de R$ 60 bilhões. De acordo com o balanço da companhia, o endividamento financeiro no trimestre teve uma redução de US$ 1,1 bilhão, atingindo US$ 27,7 bilhões. A dívida bruta manteve-se em US$ 61,8 bilhões, incluindo os arrendamentos.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, ressaltou o compromisso de manter os investimentos previstos e geração de valor para os acionistas. "Os dados financeiros e operacionais da Petrobras no 1º trimestre de 2024 são consistentes com a rota da companhia em cumprir seu Plano Estratégico (2024-28) de forma eficiente e sustentável. No trimestre, mantivemos uma geração de caixa consistente, que nos dá segurança em relação aos investimentos futuros, incluindo os que tem como foco o crescimento da produção da companhia”, avaliou Prates. No primeiro trimestre do ano, os investimentos totalizaram US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões).
A produção média de óleo, gás natural liquefeito e gás natural alcançou 2.776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 3,7% em comparação com a produção do mesmo período do ano anterior.
- Petrobras aprova pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos
A Petrobras anunciou o pagamento de R$ 13,4 bilhões em dividendos ordinários e JCP (juros sobre o capital próprio) aos seus acionistas. O valor se refere à parte do lucro da estatal reportado no 1º trimestre de 2024, que foi de 23,7 bilhões.
A distribuição foi aprovada pelo Conselho de Administração da petroleira ao analisar os resultados do 1º trimestre. Segundo a companhia, serão pagos em duas parcelas equivalente a R$ 1,04 por ação ordinária e preferencial em circulação até 31 de março de 2024.
Eis o cronograma de pagamento:
A distribuição proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas da estatal, que estabelece que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo fixado no plano estratégico (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras é obrigada distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.
No 1º trimestre de 2024, o fluxo de caixa livre da Petrobras foi de R$ 32,4 bilhões. Já o lucro líquido de R$ 23,7 bilhões foi 38% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. E 23,7% menor na comparação com o 4º trimestre de 2023.
A receita total da companhia foi de R$ 117,7 bilhões, uma queda de 15,4% em relação ao 1º trimestre de 2023. Por outro lado, as despesas operacionais cresceram 22% em 1 ano, encerrando o último ciclo em R$ 16,2 bilhões.
Fonte: Poder360 - Agência Brasil