A prévia da inflação desacelerou para 0,30% em julho. A taxa havia sido de 0,39% no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta 5ª feira (25.jul.2024) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em julho de 2023, houve deflação (queda nos preços) de 0,7%. O indicador é medido pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15).
Apesar da desaceleração, o resultado para o mês em 2024 ficou acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma taxa mensal na faixa de 0,20%.
O grupo que mais puxou o índice foi o de transportes, com alta de 1,12%, e impacto de 0,23 ponto percentual.
Nos subgrupos dos transportes, destaca-se a alta de 19,21% nas passagens aéreas. Os combustíveis tiveram alta de 1,39%, com ênfase para o aumento da gasolina (1,43%).
A Petrobras aprovou em 8 de julho o aumento de R$ 0,20 no preço do litro da gasolina. A mudança contribuiu para o aumento dos índices de preços, com impacto já esperado por economistas.
No acumulado de 12 meses, a taxa acelerou de 4,06% para 4,45%. A meta de inflação é de 3% com teto de 4,5%. Ou seja, o IPCA-15 se aproximou ainda mais do limite máximo de tolerância.
A prévia da inflação acumula uma taxa de 2,82% de janeiro a julho.
Os dados divulgados nesta 5ª feira são importantes porque podem indicar como o Banco Central vai alterar ou manter os rumos dos juros no Brasil.
A taxa básica de juros (Selic) está em 10,5% ao ano, um patamar relativamente alto. O objetivo dessa manutenção é controlar o crescimento da inflação. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne na 4ª feira (31.jul) para decidir qual será o nível do juro base.
Fonte: Poder360