De acordo com dados da Secretaria de Estado da Justiça e da Segurança Pública (SEJUSP), o Amapá registrou 318 mortes violentas em 2017. O estado está entre os dez mais violentos do país, com um índice de 39,9 mortes a cada grupo de 100 mil pessoas. Os números fazem parte do “Monitor da Violência”, levantamento realizado pelo Portal de notícias G1.
Em levantamento feito pela Organização de Sociedade Civil Mexicana de Segurança, Justiça e Paz, a respeito das 50 cidades mais violentas do mundo, a capital Macapá ocupa o 40° lugar, com 191 homicídios por 1000 mil habitantes.
Os dados de mortes violentas no Amapá do ano de 2017 em comparação com o ano de 2016 registraram uma diminuição de 13 para cinco ocorrências nos casos de lesão corporal seguida de morte. O latrocínio, que é o roubo seguido de morte, também registrou menos ocorrências, foram 19 em 2016 e 14 em 2017. Porém, casos de homicídios aumentaram de 297 casos para 299.
Em todo o país foi registrado que houveram 59.103 mil assassinatos em 2017. Em média uma pessoa morre a cada 9 minutos e cerca de 29,9 mortes por mil habitantes. Já por estado, em média uma pessoa é assassinada a cada 30 minutos. Em 2016, foram 57.549 ocorrências, ou seja, esse número apresentou um aumento de 2,7%.
Nove estados da região Norte e Nordeste estão entre os dez mais violentos do país, segundo a taxa de assassinato 1000 habitantes. No topo da lista está Rio Grande do Norte, com 64 mortes; Acre, com 63,9 mortes; Pernambuco, com 57,3 registros; Ceará, com 52,6 homicídios; Sergipe, que registrou 51,7 casos; Pará, com 48,3 registros; Bahia, com 41,2 casos; Amapá, com 39,9 registros e Espírito Santo, com 39,9 casos.
A diretora do Fórum de Segurança, Samira Bueno, disse ao portal curiosando.com que foram registrados no Brasil entre o ano de 1995 e 2015 1,3 milhão casos de assassinatos. Segundo dados de mortalidade da Organização Mundial da Saúde, entre 1980 e 2012 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. Em relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contabilizou 63 assassinatos de jovens entre 15 e 19 anos a cada 23 minutos.
O Jornal do Dia entrou em contato com a Secretaria de Estado da Justiça e da Segurança Pública do Amapá, solicitando informações acerca do assunto. Porém, até o fechamento desta edição, não obtivemos respostas.
Michelle Silva