A empresa de biotecnologia Novavax, dos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira (28) que a sua vacina NVX-CoV2373 contra a Covid-19 tem uma taxa de eficácia de 89,3%. O índice foi obtido por meio dos estudos clínicos de fase 3, última etapa de testes, que contou a participação de mais de 15 mil voluntários no Reino Unido. A análise, no entanto, é preliminar:
O método testado pela companhia americana se chama "vacina recombinante". A empresa usou engenharia genética para cultivar réplicas inofensivas da proteína que o novo coronavírus usa para entrar nas células do corpo, em laboratório. Os cientistas extraíram, purificaram a proteína e a embalaram em nanopartículas do tamanho do vírus.
Em agosto do ano passado, a Novavax divulgou resultados de fase 2 da vacina, que é aplicada em duas doses. Os dados mostraram que a vacina induziu uma "resposta robusta" de anticorpos e foi "bem tolerada" pelos participantes da pesquisa.
A vacina se mostrou menos eficaz, no entanto, contra a variante detectada na África do Sul, conhecida como B.1.351. A taxa foi inferior a 50%, índice mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em entrevista ao "The New York Times", Erck disse que a Novavax deverá produzir uma vacina sob medida para a variante B.1.351. O ensaio clínico coordenado na África do Sul foi relativamente pequeno, com 4,4 mil voluntários, mas os resultados já foram suficientes para a empresa estimar a criação de um novo imunizante.
Nesta quinta-feira, duas pessoas nos Estados Unidos foram infectadas com a variante sul-africana do Sars-Cov-2, segundo informações de autoridades de saúde do estado da Carolina do Sul. Os pacientes não viajaram para o país e não têm relação entre si. Esses dados sugerem que esse vírus já circula entre os americanos.
No Brasil, uma portaria do governo federal publicada nesta terça-feira (26) proibiu a entrada de passageiros vindos da África do Sul. A medida foi tomada, entre outras razões, para evitar o impacto da nova variante. Os viajantes vindos do Reino Unido também estão impedidos de entrar no país.
Fonte: G1