Polícia

Suspeitos de aplicar golpes na internet ‘ostentavam’ em viagens, aponta investigação





 

Investigação da Polícia Civil apontou que o grupo aplicava crimes cibernéticos em ao menos 16 estados do país. Sete suspeitos foram presos.

 

Na última quinta-feira (03), a Polícia Civil desarticulou uma quadrilha que aplicava golpes de falsas vendas na internet. Segundo as investigações, o grupo já teria feito vítimas em 16 estados do Brasil. Seis pessoas foram presas, entre eles, duas mulheres. Uma sétima pessoa, identificada como um dos chefes, se entregou à polícia no último domingo (06).

Segundo o delegado, Nixon Kennedy, os dois homens apontados como chefes da quadrilha viajavam para lugares caros do país, usando o dinheiro adquirido nos golpes aplicados nas vítimas.

De acordo com a investigação, os celulares dos suspeitos apreendidos continham fotos em que estavam viajando, rodeados de luxo, como bebidas caras e passeios em lanchas.

Durante o depoimento, um dos líderes confessou o envolvimento no crime e informou como funcionava os golpes. Segundo ele, a dupla buscava pessoas que aceitavam receber dinheiro na conta, com a garantia de ganhar 10% em cima do valor depositado a ser repassado para os líderes.

Para aplicar a fraude, os líderes criaram uma conta onde postavam imagens da internet, criando uma situação para que o produto tivesse credibilidade, inclusive com avaliações positivas de clientes e recebimento de mercadorias.

Investigação

As investigações iniciaram, a partir de um boletim de ocorrências registrado no estado do Rio de Janeiro, que notificou a fraude na compra de um artigo de luxo há cinco meses. Na ocasião, a vítima chegou a fazer um depósito de R$ 1,6 mil aos criminosos, mas nunca recebeu o produto.

De acordo com o titular da delegacia de Fazendinha, delegado Nixon Kenedy, os criminosos teriam agrupado pessoas para participarem nas fraudes, fornecendo contas correntes e poupanças para que o grupo pudesse efetivar os golpes. Além disso, o titular frisou que o grupo fazia negociações somente com pessoas de fora do estado, para evitar alguma responsabilidade penal.

Nas investigações, três pessoas foram apontadas como líderes, além de cinco operadores do esquema, que também recebiam dinheiro com os golpes. Entre os líderes, apenas um continua foragido.

Os suspeitos são apontados como estelionatários, que usavam a rede social Instagram, onde tinham cerca de 30 mil seguidores, para vender artigos de luxo a preços baixos e enganar os clientes, sem fazer a entrega do produto.

Segundo as investigações, o grupo atraia as vítimas com oferta de produtos caros, como smartphones, tablets, relógios, tênis e entre outros. Os itens eram negociados para várias partes do país. Com a fraude, o grupo teria rendido mais de R$ 50 mil, apontou a Polícia Civil.

Os presos deverão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. A Polícia Civil concluiu o inquérito, que será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE), onde deverá ofertar a denúncia ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap).

 Redação